Continuando nossa série sobre metodologias ágeis, nesse artigo falaremos sobre o método Kanban, que se foca na priorização e finalização das tarefas, com o foco de não desperdiçar tempo de serviço. Também conhecido como Gestão Visual, o Kanban (traduzido do japonês como “placa” ou “cartão”) é conhecido por utilizar tabelas com notas ou cartões post-it em colunas que marcam os diferentes estágios da produção, deixando claro quais pontos do projeto merecem atenção no momento.
O método Kanban foi criado por Taiichi Ohno no Japão na década de 40 e introduzido na indústria automotiva Toyota em 1953. Taiichi baseou o sistema na maneira como os supermercados estocam suas prateleiras: colocando apenas o suficiente para atender as demandas do consumidor. O Kanban se popularizou na indústria de software por meio de David J. Anderson em 2007, pois consegue atender às constantes mudanças exigidas pela crescente indústria de aplicativos e soluções digitais.
O Kanban é extremamente focado na organização: as tarefas são organizadas em quadros com colunas, que indicam os estágios da produção. Os quadros podem ser específicos para determinadas fases do trabalho, ou mais generalizados, mostrando o andamento do projeto ao todo. Essa visualização deixa exposta a carga total de trabalho em um único local, fazendo com que reuniões de avaliação de progresso não sejam necessárias.
Quadro Kanban
A organização segue o principal argumento do Kanban: finalizar uma tarefa é mais importante que começar outra. No desenvolvimento de software, o Kanban ajuda a criar um ambiente de trabalho focado, pois uma etapa não pode começar até que a anterior termine. Caso haja um contratempo ou mudança, ela será incorporada ao início do quadro de tarefas, se tornando parte do projeto, até que o número de erros seja reduzido ao mínimo e que o fluxo de trabalho se torne contínuo, sem gargalos operacionais.
A clareza dentre os papéis e tarefas é fundamental para o funcionamento de qualquer método, e o Kanban não é diferente. Muito pelo contrário, é essencial: saber quem está fazendo o quê é a chave para que o trabalho seja feito de maneira minuciosa, priorizando a perfeição do produto e as necessidades do cliente que surgem durante o decorrer do projeto.
O foco na ordem não é motivo para se temer as mudanças. No Kanban, mudanças na estrutura do projeto são bem-vindas, desde que sejam positivas, claro. O Kanban é uma série de regras, mas não têm uma estrutura rígida, e foi exatamente isso que o permite ser usado em várias empresas de diferentes áreas. A contabilização visual do trabalho feito e por fazer são um auxílio incrível para qualquer empresa ou projeto.